O que é o Jornal de Pesquisa?

Espaço destinado para registro e discussão dos meus andaimes do percurso da pesquisa de Doutorado sobre O professor e a autoria na Cibercultura: redes da criação no cotidiano da escola, orientada pela professora Maria Helena Bonilla na Faculdade de Educação/UFBA. Aqui deixarei todas as minhas implicações e "os cacos" que juntarei no final de um período de itinerância de investigação.Para proposição do Jornal de Pesquisa como espaço formativo, me inspirei na obra O Diário de Pesquisa: o estudante e seu processo formativo de Joaquim G. Barbosa e Remi Hess (Brasília: LiberLivro, 2010).

Outros Momentos Formativos


 Nessa página deixarei registrado momentos de minha vida pessoa, acadêmica e profissional que considero formativos e relacionados com a minha pesquisa:

1- ENCONTROS DE ORIENTAÇÃO COM A PROFESSORA MARIA HELENA BONILLA


29/05/2012 – Nesse dia, tive um encontro de orientação com Bonilla. Conversamos sobre a metodologia, expus meus dilemas em relação a análise dos dados, pois se não seria nem análise de conteúdos, nem análise do discurso, como qual seria a opção? Sei que os cotidianistas usam as narrativas entrelaçadas na teoria, mas ainda preciso me aprofundar mais nesse formato. Bonilla sugeriu a leitura da tese dela, páginas 32, 33 e 36. Ver mais sobre pesquisa etnográfica – Marli André, Barbier, Thiollent. Acordamos que deveria ser introduzido no capítulo de autoria, uma apresentação apontando que faria uma abordagem nas diversas areas a partir de determinado aporte teórico. Acordamos que o capítulo de autoria na cibercultura deveria ser enviado para ela até o dia 10/06 e todo o material para a qualificação até o dia 25/06 deveria ser enviado para os componentes da banca.


04/06/2012 (manhã) – orientação com Bonilla. Conversamos mais uma vez sobre o capítulo de autoria na cibercultura. Nesse dia, como destaque, aponto algumas reflexões que precisam ser feitas no capítulo da fromação do professor-autor: que formações esses professores estão tendo?; que saberes docnetes para a autoria aqueles professores (sujeitos da pesquisa) estão construíndo ou já tem construído?



2- AS CONVERSAS COM OUTROS PESQUISADORES
No dia 10/02/2012, na FACED/UFBA, em conversa com Edméa Santos da UERJ, surgiram algumas ideias que podem contribuir para melhorar a minha pesquisa, entre elas:o papel do pesquisador na pesquisa-formação. Precisamos ter clareza desse papel para pensar/fazer a pesquisa. Assim, questiono: somos pesquisadores? Somos observadores? Se é pesquisa-formação, preciso refletir se intervenções foram/estão sendo realizadas por mim na formação dos professores na escola. Em caso afirmativo, até que ponto estas intervenções afetaram os sujeitos e se e afetaram. Méa sugeriu que observasse a diferença entre formação e aprendizagem no livro de Roberto Sidnei. Me incentivou a fazer a pesquisa pautada no aporte teórico da pesquisa nos/dos/com os cotidianos do Grupo da Nilda Alves, o qual ela é membro. Questões de pesquisa emergiram na conversa: a) que “formações” levam a autoria na cibercultura?; b) como a cibercultura produz autores e autorias?; c) quais fundamentos? Quais práticas?; d) de que forma se forma a autoria na cibercultura?. Para a pesquisa é preciso criar dispositivos. Como já faço parte da equipe de formação UCA-Bahia, esse procedimento fica fácil, pois aproveito os espaços de formação presenciais e online para a pesquisa, complementando-os com minhas demandas. Pensar na autoria como compreensão, senão colagem. Ler sobre hibridismo cultural em Bhabha.
Méa sugeriu a leitura das dissertações e teses que ficam no banco de dados do PROPED.


24/05/2012 – Apresentação na minha pesquisa para o GEC. O parecer foi feito por Pedro. Tanto ele quanto Nelson, Bonilla e alguns colegas do GEC trouxeram boas contribuições. Foi nesse dia que decidimos ampliar o conceito de autoria para outras areas do conhecimento. Fizeram uma crítica sobre o destaque apenas para produções literárias. A autoria deveria perpassar todas as linguagens. Abertura para as fronteiras das diversas areas, dos campos e das diferentes linguagens. Abertura ao devir, a flexibilidade. Possibilidade de diálogo, de reflexão. Uso criativo do saber. Sugeriram rever o conceito de autoria. Ver conceitos de inovação, de criatividade, ousadia. Pensar em autoria como diálogo e processo. Ver o encontro da autoria com a recepção. Foi problematizado a referência ao contexto da cibercultura que aderir na minha escrita. Questionaram porque não cultura digital ou apenas cibercultura. Expliquei que a escolha foi para definir que não estou falando apenas nas produções autorais online, na rede, mas também offline. Lembrar no cocneito de autoria de acrescentar que nas práticas pedagógicas já existem outras vozes, que são compostas de intertextos. Em relação a metodologia, a partir do que estou propondo ficou claro que vou fazer uma descrição densa dos fenômenos, analisando o processo de construção, como as coisas vão se articulando. Foi sugerido por Pedro a leitura dos textos de Cecília Salles sobre Redes de Criação, já compartilhado por Liz Teles para mim em outro momento. A autora discute o processo de criação da obra de arte, toda ateia de relações que envolve essa construção. Nelson sugeriu que na minha escrita deve aparecer sim uma discussão sobre direitos autoriais, visto que o professor precisa conhecê-la para ajudar até a mudá-la. Na escola, deve-se trabalhar com com conteúdos de licença aberta. Nelson alertou para o uso das palavras juntas, que caso resolvesse mantê-las deveria argumentar sobre a escolha. A primeira vez que elas aparecerem, colocar a nota de rodapé. Ter cuidado com o usod ebarras, melhor dizer “e” ou “ou”. Vou mudar o rumo da minha escrita a partir dessas contribuições.


06/07/2012 – Nesse dia, a equipe da pesquisa interinstitucional se reuniu no GEC. Estavam presentes, os professores Elisa Quartiero (UDESC), Mônica Fantin (UFSC), Maria Helena Bonilla (UFBA), Nelson Pretto (UFBA), a professora Magda (Universidade Católica de Milão), uma pesquisadora da UFSC, e as pesquisadoras do GEC/UFBA – Maristela Midlej, Sule Sampaio e Livia Coelho. Teve como pauta: o andamento do projeto, os instrumentos e o cronograma da pesquisa, o seminário a ser realizado em Florianopólis, participação em eventos dos pesquisadores, o orçamento, os relatórios parciais, e formas de dá visibilidade ao projeto. Sugestões para a minha pesquisa emergiram na conversa: pensar a autoria como inovação, a autoria envolve a criatividade, ligar a autoria a intencionalidade. Uma reflexão: devo buscar atividades/práticas autorais ou a autoria emerge no contexto? Quais são os saberes, os móbeis que levam o professor a ser autor? A pressão do aluno que vai levar ao movimento autoral? O aluno já tem uma vivência, já está imerso na cultura digital. O professor deve construir a sua ação. Resgatar a dimensão ativista do professor (Nelson Pretto). Autoria como inovação para transformação política/pedagógica. O que tem de produção ou de reprodução? Mônica sugeriu a leitura de reprodução interpretativa deWilliam Corsáro. Elisa fez uma crítica as atividades de releitura que vem acontecendo nas escolas, releitura de obra de arte. Questiona onde está autoria. Prática que segue apenas ao modismo. Obra de arte cria em cima de algo que está pronto. Nelson sugeriu pensar a autoria como consumo antropofágico, remixagem. No processo do fazer, eu dialogo com o estabelecido.

Encontro com Angela Francisca Caliman Fiorio no dia 01/08/2012.

Aconteceu na mesa de um bar no Rio de Janeiro após saída de um dos dias do Evento A Vida Secreta dos Objetos. Ela é doutoranda, orientanda do professor Carlos Eduardo Ferraço, e membro do grupo de pesquisa Currículos, cotidianos, culturas e redes de conhecimentos da UFES.Ver pontos importantes que discutimos na imagem do guadanapo abaixo:


 Angela deu algumas contribuições para a minha pesquisa, entre elas: compartilhou referências, sugeriu que eu narrasse na tese, na 3ª pessoa,  a minha itinerência registrada aqui no JP, contando as sensações de uma pesquisadora. Tendo como ancoragem um dos movimentos de pesquisa de Nilda Alves, "narrar a vida e liteturizar a ciência".

http://www.grupalfacongresso.uff.br/



 

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