O que é o Jornal de Pesquisa?

Espaço destinado para registro e discussão dos meus andaimes do percurso da pesquisa de Doutorado sobre O professor e a autoria na Cibercultura: redes da criação no cotidiano da escola, orientada pela professora Maria Helena Bonilla na Faculdade de Educação/UFBA. Aqui deixarei todas as minhas implicações e "os cacos" que juntarei no final de um período de itinerância de investigação.Para proposição do Jornal de Pesquisa como espaço formativo, me inspirei na obra O Diário de Pesquisa: o estudante e seu processo formativo de Joaquim G. Barbosa e Remi Hess (Brasília: LiberLivro, 2010).

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Formação na escola no dia 06/09/2012

No dia 06/09/2012, pela manhã, retornei a escola para acompanhar as atividades de sala de aula de um professor, mas ele não compareceu. Então, aproveitei para conversar com a coordenadora pedagógica sobre nossos próximos encontros. Ela sugeriu que inserisse na nossa programação para o dia 25/09 uma discussão e planejamento para as ações da proposta de trabalho sobre segurança, responsabilidade e ética de publicação de conteúdo na internet. Agendamos também a formação dos monitores para o mesmo dia, a tarde, para gravação e edição de audio, com a presença de alguns professores. Solicitei a compra de headfone. Durante a nossa conversa, que em alguns momentos estava presente também a diretora, apareceu uma aluna do 9º ano para consultar os gestores se poderia colocar a rádio-pátio no ar. Segundo ela, a professora responsável pelo projeto na escola disse aos membros dessa rádio que, caso ela não estivesse presente na escola (não estava nesse dia), eles poderiam realizar o trabalho. Mas, não foi permitido sem acompanhamento de um professor. Uma das situações que me chamou a atenção nessa situação foi a fala da aluna, no seu modo de falar, com concordâncias verbais e nominais não aceitas pela norma culta. Fiquei pensando como a rádio pode ajudar nesses casos, buscando refletir junto com os alunos os usos da língua que precisam ser adequados aos diferentes contextos. Ainda pela manhã, fui ao NTE e me reuni com Saionara e Liz para futucarmos o Openshot, editor de video que está instalado nos computadores da escola. Precisamos ver junto com os professores a edição dos diversos videos que vêm sendo gravados na escola com uso do UCA. Aproveitei também para conversar com Oldair e convidá-lo para uma oficina na Escola com os monitores para edição de audio.
Nesse mesmo dia, a tarde, fui a escola novamente. Conversei com a articuladora do Gestar e acordamos que estarei participando de alguns encontros durante o decorrer desse semestre. Levei CD com material do RIVED para serem explorados pelos professores.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

No dia 04/09 (a tarde)

Nesse dia, fizemos a Formação com os monitores para gravação e edição de audio com o programa Audacity. No dia anterior, foi pedido pelos professores para que os alunos trouxessem os UCA para o encontro, mas nenhum deles trouxe.Diante do ocorrido, formei grupos, sendo um de 3 alunos para uso de um UCA, que levei do NTE e os demais utilizaram os computadores do laboratório de informática. Não levei uma oficina pronta, pois tinha a intenção de incitar os alunos para a formação para a pesquisa. Assim, propus que eles tentassem gravar falas deles mesmos no audacity para depois editá-la, deixando apenas os trechos que lhes interessasse e deletasse os demais, além de colocar música de fundo. A gravação conseguiram fazer. No grupo havia dois alunos que já conheciam o programa. Mas, não sabiam como colocar música de fundo, então convidei-os a pesquisar na internet, pois tinha um objetivo de criar neles o hábito de buscar soluções para os possíveis problemas que emergirem na escola nos usos dos laptops. Não deu tempo terminar o trabalho, então pedi que eles continuassem a atividade em casa. Informei-lhes que teríamos um outro encontro para dá continuidade a formação. Vale ressaltar que como não havia fones/microfones, utilizamos 3 que levei emprestado do NTE, o que causou um certo empecilho para o bom andamento das gravações, visto que todos queriam um deles para si. Ainda há uma dificuldade grande no trabalho em conjunto. Eles reivindicaram a compra de haeadfones para a escola.
O fato de os alunos não levar os UCA me deixou preocupada, pois vi como um sinal de que estão rejeitando, consequentemente vai ressoar na motivação para usos dos colegas em suas respectivas salas de aula e na escola de um modo geral.
Após esse encontro, me reuni com a professora Nadja, no horário de AC dela. Passei para ela tudo que foi trabalhado pela manhã com os demais professores. Discutimos sobre as possibilidades de uso do Webquest nas turmas que leciona. Ela falou da dificuldade que está encontrando em usar os UCA na sala de aula devido a falta de conexão a internet. Abriu para mim um de seus documentos de criação, o caderno onde registra todas as suas aula, com metodologia e textos. Me falou sobre duas atividades que está realizando com os alunos, uma sobre história em quadrinhos e outra sobre blog. Esta segunda surgiu motivada por um texto do livro didático da turma do 6º ano, Meu querido blog: o diário do século XXI é online, para a galera poder bisbilhotar. Dialogamos sobre a ampliação das atividades proposta pelo livro com outras que utilizasse a internet para produção dos alunos.

No dia 05/09 foi parada dos professores.

Formação na Escola 04/09/2012

Dia 04/09/2012  (manhã)
Iniciamos a manhã, eu e Saionara como mediadoras, retomando o Plano estratégico elaborado em dezembro de 2012, com as ações previstas para 2012. Chamamos a atenção para as ações que já foram realizadas até o momento, os entraves que enfrentamos para executá-las em decorrência da greve dos professores, e revemos o que ainda pretendemos fazer durante o restante desse ano letivo. Depois, dialogando sobre o processo de avaliação do curso, chamei atenção para a carga horária e para a postagem dos relatos de experiência no livro do Moodle, além das interações no fórum de discussão. A seguir, fizemos uma exposição dialogada sobre webquest: conceito, características, elementos... A intenção foi ajudar o professor a avançar nas práticas de pesquisa que apenas considera o consumo de informações. Após o diálogo, solicitei que eles navegassem na internet para conhecer algumas webquests. Aproveitando a oportunidade para que todos acessassem meu Jornal de Pesquisa (JP), disponibilizei nele alguns links com propostas de webquests. Assim, a partir dos links sugeridos, eles navegaram na rede em alguns webquests tentando buscar contribuições para as suas atividades de sala de acordo ao conteúdo que estão trabalhando no momento. Fizeram uma busca de acordo as temáticas de interesse, analisaram os webquests e fomos conversando sobre as possibilidades de usos em cada uma das disciplinas. A coordenadora pedagógica sugeriu que a escola fizesse uma experiência com essa metodologia para que pudesse comparar as atitudes dos alunos diante dessa nova forma de fazer pesquisa, se há um diferencial entre esta e a forma tradicional presente na escola. Os professores demonstraram interesse na proposta e a partir do que viram, conseguiram vislumbrar algumas estratégias para as suas aulas. Uma das professoras disse que conseguiu sanar uma dificuldade que estava tendo para trabalhar com uma determinada temática. Chamei a atenção que o espaço visitado (o PHP Webquest) limita-se apenas publicar o Webquest, portanto seria preciso apontar para outros espaços onde os alunos pudessem resolver as questões postas: edição e publicação de textos, audios e videos, além da interatividade com professor, colegas e outros possíveis participantes externos.
Nos depoimentos durante a realização da atividade ficou claro que os professores querem ajuda, que querem utilizar os UCA, mas que ainda sentem dificuldades de saber o como fazer, além, e principalmente, que as dificuldades de infra-estrutura, dizem eles, amarram a fruição das atividades.
Quanto a sugestão de navegação no meu JP era para que eles percebessem uma escrita de um processo de pesquisa, um registro de uma caminhada, como estou me fazendo autora. Além disso, pedi que eles colaborassem nesse processo de criação, que se tornassem co-autores, deixando seus comentários, suas percepções da caminhada da formação.
No JP também disponibilizei um link com a matéria sobre a aluna de uma escola de Florianopólis que abriu um Diário de Classe utilizando o Facebook para denunciar problemas que enfrenta nas aulas e mostrar como está a infraestrutura do prédio. O objetivo era chamar a atenção para os usos das redes sociais como forma de desenvolver a autoria e a formação do aluno como ativista, de acordo a proposta do professor Nelson Pretto. E pensar também questões que devem ser refletidas com os alunos, como a responsabilidade e a ética da publicação de conteúdo na rede, tema que será tratado no nosso próximo encontro de formação na escola.
Estamos aguardando a ressonância das discussões do encontro do dia de hoje nas práticas de sala de aula dos professores.


Gostaria de deixar registrado aqui que tentamos fazer as atividades com uso dos UCA, mas não conseguimos a conexão a internet,  por isso, a alternativa foram os computadores do laboratório. Já prevendo esse tipo de situação, quando nos reunimos, sempre ocupamos esse espaço para evitar transtornos de mudança de lugar durante a formação.